O Salmo apresenta 3 tipos de pessoas:
1. Os que confiam
2. Os Ímpios
3. Os que se desviam
No primeiro e mais famoso verso do salmo encontramos 3 qualidades para o primeiro grupo de pessoas da lista:
a. Eles confiam no Senhor: O verbo confiar no caso, não tem a ver com o que pensamos e entendemos por fé. Ele fala de bem estar e de segurança resultante de possuir algo ou alguém em quem depositar confiança. A septuaginta não traduz como “crer” mas como “ter esperança”, expressa então sentimentos. Para que um sentimento seja permanente, é preciso uma base bem segura. A base para esta esperança está na misericórdia do Senhor que gera conforto em contraste com a ansiedade gerada pela forma de adoração pagã, em que um deus tem que ser acalmado para que o povo não seja destruído. Isso nos faz pensar nas fontes de falsa esperança. Coisas aqui desta terra que nos trazem aparente tranquilidade. Ainda pensamos: “quando eu alcançar este ponto, quando estiver em tal lugar, quando receber determinado apoio ou ainda, quando a oportunidade aparecer”, falsa esperança de que receberei uma resposta adequada e tudo estará bem.
b. Permanece para sempre: aqui precisamos entender um pouco da geografia da palestina, para entendermos a ideia. Jerusalém estava literalmente “plantada” sobre os montes. Sua localização a tornava segura visto a dificuldade de se atacar uma cidade com esta característica. Havia sido construída sobre as rochas, seus alicerces eram sólidos. Era cercada por vários montes e possivelmente, por dois conjuntos de muralhas. Essa lição nos aponta para a necessidade de seguirmos por caminhos seguros. É arriscado aproximar-se da fronteira do inimigo, chegar perto do pecado, necessitamos firmar nossa base nos locais de segurança que encontramos junto do Senhor. Quanto à palavra hebraica usada no verso (permanecer), ela é utilizada em outras passagens para falar do Senhor que se assenta sobre a arca. A conotação aqui é “entronização”. Isso para mim é importante, pois apresenta o povo entronizado para reinar com Ele para sempre.
c. São como os montes: o salmista não diz que devemos ser como o monte Sião, ele afirma que somos como o monte Sião. Lembra-se da profecia que tanto aterrorizava o Rei Nabucodonosor? A pedra lançada que destruía a estátua (poderes, reinos representados por cada metal) esta pedra, segundo a profecia, crescia e se transformava em um grande monte. Ele sabia que Babilônia era considerada como um grande monte (Jeremias 51:24 e 25), e que o desfecho do sonho indicava que um reino, infinitamente maior que todos os reinos já existentes em nosso planeta, iria tomar este lugar. O salmista pensa no monte em que estava assentada a cidade de Davi, porém nós pensamos, no reino de Nosso salvador, que vai prevalecer sobre todos os poderes e está separado para os que confiam e permanecem no Senhor. Somos como o Monte porque confiamos e permanecemos firmes nEle.
Agora existe o segundo grupo, a estes, Deus tem reservado sua ira caso não venham a desistir de seus caminhos de rebeldia e sair de Babilônia (Apocalipse 14:10). A bíblia deixa claro que somente quando o reino do Senhor subjugar por completo os reinos da terra “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve (Malaquias 3:18-18). Mas a bíblia deixa claro que este dia virá.
O último grupo apresentado é dos desviados, ou seja, os que conheceram e se afastaram. Alguns permaneceram transigentes com os costumes deste século para se sentirem aceitos. Outros permaneceram com uma vida dupla: serviram aos dois lados (ou pensaram que serviam). O livro de Neemias traz pessoas desses grupos: Semaías “o informante secreto”, Noadia, a profetisa mercenária (6:10-14), Eliasibe foi um sacerdote transigente (13:4-9) e um de seus netos que casou com uma filha dos inimigos dos judeus (13:28). o triste deste grupo, é que um dia estiveram do lado de Deus. Um dia provaram da segurança (sentimento), mas talvez não tenham se firmado na base (misericórdia) no alicerce.
O salmo termina com uma declaração de “paz” para Israel. A palavra hebraica Shalom indica a paz num contexto de inteireza, integridade, harmonia e realização. O salmo 85:8 “Escutarei o que Deus, o Senhor, disser; porque falará de paz ao seu povo...”. enquando Davi declara paz sobre o povo no salmo 125 o salmo 85 nos diz que o próprio Senhor irá declarar paz sobre seu povo. E isso foi declarado com o Príncipe da Paz relatado por Isaías (9:6). A paz completa chega em nossas vidas declarada e manifestada pelo próprio Deus em Cristo, por meio do qual, recebemos e provamos a paz completa. A paz dos que por fim, serão entronizados para reinar com o Senhor.
Shalom aleikhem (a paz sobre vós)!!!!
Shalom aleikhem (a paz sobre vós)!!!!

Muito bom este sermão. Parabéns homem de Deus.
ResponderExcluirObrigado, Feus ebençoe
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