John Stott

Expor as escrituras é esclarecer o texto inspirado com tal fidelidade e sensibilidade que a voz de Deus seja ouvida e Seu povo lhe obedeça.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

CONDUZIDOS EM TRIUNFO


2 Coríntios 2:14 a 17
Paulo é o autor bíblico que merece maior cuidado ao lermos seus escritos. Ele utiliza de muitas alegorias, aproveita o conhecimento de seus leitores para ensinar algo que possa ser aproveitado em sua vida espiritual. Desta forma nós, leitores modernos deste grande cristão, precismos "mergulhar" nestes símbolos, para que consigamos entender os profundos ensinamentos de seus escritos.
"Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, semprenos conduz em triunfo, e, por meio de nós, manifesta em todo lugar à fragrancia do seu conheciento." (verso 14)
A palavra triunfo tem relação com: celebrar um triunfo ou presidir uma Procissão Triunfal.
"Thríambos (grego) era um hino que se cantava nos desfiles de celebração das grandes vitórias dos generais romanos. O famoso "triunfo romano" era entregue pelo senado de Roma para os generais vitoriosos em batalhas memoráveis. O general recebia as boas vindas dos funcion´rios do governo na porta da cidade imperial, dali partia a marcha. Primeiro chegavam os senadores, e logo depois um grupo de magistrados; depois dos senadores desfilavam os músicos com suas trombetas, estes anunciavam que o vencedor se aproximava. Em seguida chegava uma procissão com carroças carregadas com os depojos de guerra, o destaque era para os que valiam muito dinheiro. Chegava então momento de passar touros brancos que serviriam para o sacrifício, o grupo que portavam incensos agitavam os incensários para perfurmar o ambiente. Muitos desfiles traziam leões, tigres, elefantes e os animais mais importntes dos países conquistados. O cortejo continuava, agora com os reis, príncipes ou generais que fora levados cativos e um grande desfile de prisioneiros menos importantes. Finalmente chegava a vez do grande vencedor, de pé sobre uma lindo carro de guerra. Sobre sua ccabeça uma coroa de louro ou de ouro. Na sua mão levava um ramo de louro com símbolo de sua vitória, na outra mão um bastão, símbolo de sua autoridade. Depois do general vinham seus soldados trazendo uma lança adornado com louro. o desfile seguia as ruas perfumadas da cidade, passando pelo arco do triunfo, e chegando a colina do Capitólio. Neste momento esles paravam, alguns dos cativos eram executados a sangue frio ou encarcerados para participarem das festas no Coliseu. Um outro gurpode prisioneiros era considerado digno de perdão, e eram liberados.Se ofereciam sacrifícios de animais aos deuses Romanos, e então, começava uma festa triunfal.
Quanta informação escondida atrás de um simples verso. Entendendo as imagens na mente de Paulo, podemos agora analisar as suas palavras.
Primeiro vamos identificar os personagens: é fácil descobrirmos o Grande general Jesus, vitorioso, e seria muito fácil identificar também quem reprrsentava o grupo de soldados do general. Digo seria, se o verbo (conduz) não indicasse que o autor está falando dos prisioneiros não dos soldados. Sendo assim, nós estamos representados pelos soldados levados cativos. E o evangelho tem alcançado "todo lugar" com a mensagem de esperança. Neste milagre, o grupo de cativos também representa no cortejo romano, os homens que carregavam os incensários e o conhecimento do evangelho o cheiro gracioso do incenso que perfumava toda cidade chamando a atenção de todos para a vitória do general.
Dentro do grupo dos prisioneiros, encontramos uma divisão: um grupo recebe perdão e é solto e o outro grupo é morto. Pertenciam ao mesmo cortejo, porém, possuiam destino diferente. Isso nos faz pensar nos juízos de Deus. Ninguém vai poder fugir no dia de prestar contas com o Senhor. Um grupo vai ser poupado (não por seus méritos) por causa dos méritos e bondade do General.
"para estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para a vida." (verso 16)
podemos ver bem claro neste verso a divisão dos dois grupo: um aceitou a Cristo (e isto foi para vida) e o outro o recusou (e isto para a morte). Eles, de alguma forma conheceram o grande General, sua decisão resultou na condenação ou liberdade. Assim como a luz do sol derrete a cera, ela endurece a argila. Os dois grupos receberam a mesma mensagem e reagiram de forma distinta a ela.
Por detrás da mensagem que chegava a estas pessoas estava o mensageiro. Sua responsabilidade era grande diante dos homens e diante de Deus. Assim Paulo apresenta a figura dos mercadores de vinho, esse grupo bem conhecido que por ganância, adulterava o vinho misturando água para aumentar seus lucros. Percebe que em nossos dias encontramos muitos deste mercadores? Que adulteram a mensagem do evangelho rebaixando seus grandes princípios para que o povo possa se enquadrar a mensagem. Como são populares estes homens! Como agradam! Por outro lado, como existem pessoas que aceitam este evangelho "diluído". Pagam fortunas para receber alívio para suas consciências culpadas.
Pense nos dois grupos de prisioneiros! Veja se você está preocupado em seguir um evangelho de facilidades. Uma mensagem que se adequa a sua vida. Um evangelho que "melhora" quem você é sem transformá-lo.
Eis que o general está por dividir os grupos, de que lado você vai ficar?

ETERNIDADE NO CORAÇÃO


...também pôs a eternidade no coração do homem (Eclesiastes 3:11)

O capítulo 3 do livro de Eclesiastes traz uma das mais célebres passagens sobre a natureza humana. Fala do tempo do homem. Mostra a nossa limitação com relação ao tempo. Que existem coisas que podemos e outras que não podemos mudar. Mais adiante, na segunda parte do verso 11, o autor entra num assunto mais profundo do que aparenta. A palavra original traduzida como “eternidade” dá uma ideia de olharmos para frente num tempo em que não conseguimos alcançar (de tão distante). A mesma ideia pode ser identificada só que olhando para trás. O coração humano sente medo quando não consegue medir as possibilidades, quando encontra algo que está acima de sua compreensão. Olhar para frente e não ver o final. Não se pode planejar, ou criar metas, o fim está tão distante... Nossa preocupação natural com o futuro gera ansiedade. Pensamos que passamos tão pouco tempo nesta terra que este vazio para o passado e futuro é angustiante.

Como um ser finito, com poucos anos de vida pode entender tudo isto? A obra de Deus é tremenda, como podemos arrazoar sobre isto? Quando olhamos para estes dois extremos trememos. Mas se nos paramos entre o espaço que existe entre os dois pontos. Esqueçam as duas direções! E se olharmos este vácuo que existe no meio... o que pode repousar ali? Agora começo a entender... este espaço só pode ser preenchido por Deus. Não consigo nada, tão grande, que possa completar ou preencher. Parece que realmente existe um espaço em minha vida que só pode ser completado por Ele.  E enquanto não aceitar isto, continuará  este vazio. Continuarei com esta ansiedade...

É Senhor, em minha vida... ocupa Seu lugar.